Conforto para todos: o futuro da climatização é mais sustentável e eficiente

27/06/2024

Conforto para todos o futuro da climatização é mais sustentável e eficiente

É urgente adotar soluções capazes de combater a pobreza energética e a ineficiência térmica, que afetam mais de 3 milhões de casas em Portugal. As famílias têm calor no verão e passam frio no inverno e os mais recentes indicadores nacionais não deixam dúvidas: 30% das habitações não possui qualquer forma de aquecimento, apenas 14% tem aquecimento central e 80% necessita de melhorar o respetivo sistema*.

Especialistas e académicos europeus, das áreas da Construção, Arquitetura, Engenharia e Climatização, defendem que o conforto térmico tem de estar acessível a todos. 

No Congresso Internacional “Edifícios do Futuro”, realizado na Universidade do Minho, em Braga, no dia 6 de junho, apresentaram estratégias e sistemas inovadores para um Portugal mais ‘verde e confortável’.

Promovida por duas empresas de referência no setor da climatização, a Giacomini Portugal, filial da marca italiana, e a Milei, fundada há 40 anos na capital do Minho, a iniciativa mobilizou perto de duas centenas de profissionais com conhecimento e experiência no mercado.

 

Construção confortável e acessível é desígnio nacional

Altino Bessa, Vereador do Ambiente e Turismo do Município de Braga, destacou a necessidade de se encontrar um “equilíbrio entre a sustentabilidade e o conforto, quer do ponto de vista financeiro do investimento, quer do próprio consumo energético, que terá de ser baixo”, tanto em edifícios residenciais, empresariais ou públicos.

Miguel Bandeira, Pró-Reitor da Universidade do Minho, abordou o “desígnio da sustentabilidade”, considerando que, “atualmente, se trata de uma questão central nos projetos de investigação e nas próprias empresas, incorporando a cadeia de valor das organizações”.

 

Arquitetura e Engenharia têm papel decisivo nos edifícios do futuro

A pobreza energética em Portugal não é um mito. 

Manuela Almeida, da Escola de Engenharia da Universidade do Minho, garantiu que esta é uma realidade para as famílias portuguesas. “A literacia energética é baixíssima”, sendo necessário formar e sensibilizar os cidadãos. Para a investigadora, “o Estado tem um papel fundamental para apoiar e promover as reabilitações abrangentes e profundas que temos de fazer nos edifícios”.

José Matos, Secretário-Geral da Associação Portuguesa de Comerciantes de Materiais de Construção, acredita que o setor tem um papel determinante nesta matéria, sendo possível reduzir a fatura energética e minimizar o desconforto sentido dentro de casa.

Já Isabel Sarmento, Coordenadora da Comissão de Especialização em Engenharia de Climatização da Ordem dos Engenheiros, defendeu que “o parque construído é enorme e é melhor apostar na renovação”.

Neste âmbito, Rui Correia, Arquiteto e CEO da LoftSpace, afirmou que cabe aos projetistas proporem soluções capazes de gerar mais conforto, sem colocar em causa a eficiência e a conservação ambiental.

Mas será possível aquecer os edifícios de forma económica e sustentável? Nuno Sequeira, CEO da Solzaima, acredita que sim. O responsável enfatizou que a biomassa é um recurso de elevado potencial, capaz de contribuir para a melhoria da qualidade de vida das famílias portuguesas.

Ana Rodrigues, Professora Convidada da Universidade do Minho, acrescentou um outro fator determinante para o bem-estar: a inteligência emocional.

 

Afinal, qual é o futuro da climatização? 

A Engenharia da Giacomini deu a resposta.

Luís Ramos, do Departamento de Engenharia e Formação da Giacomini Portugal, não tem dúvidas que deve englobar fontes térmicas saudáveis, associadas a fontes renováveis de energia, e o hidrogénio verde é o vetor energético do futuro. A apresentação do sistema de piso radiante com caldeiras a hidrogénio surpreendeu os participantes do evento e criou grande interesse na assistência.

Sergio Espiñeira, Diretor Técnico da Giacomini Espanha, partilhou a sua experiência na aplicação de superfícies radiantes em hospitais e Roberto Torreggiani, Diretor de Engenharia da Giacomini Internacional, defendeu que esta solução diferenciadora coloca as pessoas no controlo do seu nível de conforto. Além disso, enfatizou que os edifícios do futuro vão requerer menos energia, serão mais eficientes e vão utilizar fontes renováveis.

Assista aos testemunhos de todos os oradores do Congresso AQUI.

 

Iniciativa pioneira em Portugal

"Esta foi uma iniciativa pioneira em Portugal, indo ao encontro de um problema real e que afeta centenas de famílias no nosso país", revelou Vasco Silva, Diretor Geral da Giacomini Portugal. "Os Censos de 2021 confirmam que apenas 14% das casas portuguesas têm aquecimento central. Além disso, 80% das habitações precisam de melhorar o sistema de aquecimento, ou seja, são mais de 3 milhões de casas. E 30% das casas não têm qualquer forma de aquecimento”, explicou o responsável.

Vasco Silva está já de olhos postos no futuro e não tem dúvidas que este foi “o primeiro de outros encontros”, que terão amplitude nacional.

 

Congresso em destaque na Imprensa

Vários meios de comunicação social deram ênfase à iniciativa, antes e após o evento.

Leia algumas das notícias aqui:
- Edifícios e Energia
- O Instalador
- AVAC Magazine
- APCMC

 

* Dados dos Censos de 2021