16/06/2025
A necessidade de se combater a ineficiência térmica dos edifícios coloca as cidades e o setor público no centro das decisões que moldam o futuro. No 4.º Congresso Internacional Giacomini, realizado no Porto, esta responsabilidade foi destacada por vários intervenientes, que sublinharam a importância de agir com visão, inovação e compromisso.
Filipe Araújo, Vice-Presidente da Câmara Municipal do Porto, afirmou que os espaços construídos “ocupam um papel especial” na mitigação das alterações climáticas, representando cerca de 50% das emissões de gases com efeito de estufa da cidade. Como tal, o município tem investido na reabilitação do parque habitacional público, com mais de 200 milhões de euros aplicados nos últimos anos.
Mas o objetivo vai além da renovação. O autarca explicou que se pretende “começar a produzir energia” nessas infraestruturas, o que permitirá uma redução de custos e a possibilidade de participação ativa na transição energética. Está igualmente prevista a implementação de um Índice Ambiental, que “estará em consulta pública”.
Esta visão foi partilhada por Bento Aires, Presidente da Ordem dos Engenheiros – Região Norte (OERN), que defendeu uma abordagem estruturada e individualizada. Segundo o responsável, “não podemos permitir medidas avulsas no parque edificado” e os investimentos, mesmo quando apoiados por fundos públicos, devem obedecer a planos rigorosos.
Além disso, Bento Aires revelou que a OERN vai “ter um processo contínuo e melhorado para garantir que os edifícios passam a consumir menos” ou a produzir energia localmente, o que “se consegue também com boas escolhas de materiais”.
Assista AQUI aos testemunhos concedidos no final do evento, organizado pela Giacomini Portugal em parceria com a Azulaico.